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COMUNICADO

GENCOAL – VILA DO CONDE:

STIANOR REPUDIA DESPEDIMENTO COLETIVO E LAMENTA A INGRATIDÃO DA EMPRESA PARA COM OS TRABALHADORES

Atualização da cobertura mediática a 27-03-2024, no seguimento da reunião do sindicato com

o Presidente da Câmara de Vila do Conde:

O Sindicato tomou conhecimento de um despedimento coletivo na GENCOAL de cerca de 100 trabalhadores que, desde já, repudiamos e denunciamos.

Soubemos ainda dos critérios de seleção dos trabalhadores a despedir. O Sindicato repudia ainda veementemente que a empresa tenha adotado critérios de produtividade, de comportamento, de empenho e do histórico de infrações disciplinares cometidas para escolher os trabalhadores a despedir. E não deixa de ser sintomático que todos os trabalhadores que aderiram à greve em Dezembro/2023 estão na lista do despedimento.

Não há dúvidas: o verdadeiro objetivo da GENCOAL é ver-se livre dos trabalhadores mais reivindicativos, por um lado, e dos que deram a sua vida de trabalho ao serviço da empresa, por outro. Trabalhadores que desgastaram a sua saúde física e, até, mental ao longo de tantos anos para corresponder às elevadas exigências laborais da fábrica, sob ritmos de trabalho altamente stressantes e, por vezes, alucinantes, para, agora, serem completamente desvalorizados e motivo de rejeição e despedimento.

A GENCOAL empurra pela porta fora uma centena de trabalhadores que ali deixaram uma vida inteira de trabalho, revelando uma enorme insensibilidade social e, acima de tudo, uma tremenda ingratidão para com uma força de trabalho que alavancou a empresa durante longos anos, que enfrentou as dificuldades da pandemia de COVID 19 e que sempre correspondeu às necessidades da fábrica nas horas de aperto. Agora que não precisa deles e os considera incómodos e/ou improdutivos, a GENCOAL rejeita-os, despedindo-os, não querendo saber do seu futuro e das suas famílias.

O Sindicato informa os trabalhadores que têm direito a um crédito de horas de dois dias de trabalho por semana, sem prejuízo da retribuição, a fim de procurarem trabalho.

INFORMAÇÃO IMPORTANTE:

 

  • Para além do comunicado já distribuído aos trabalhadores no dia 18 de Março de 2024, no dia 26 de Março de 2024, pelas 11H30, o Sindicato vai reunir com o Presidente da Câmara de Vila do Conde para analisar a situação e tentar encontrar soluções para o futuro profissional dos trabalhadores da Gencoal.

  • No mesmo dia 26 de Março de 2024, pelas 17H00, o Sindicato reúne com os trabalhadores a despedir, no Teatro de Vila do Conde, a fim de prestar todos os esclarecimentos acerca das diligências a tomar para a impugnação do despedimento.

  • No dia 02 de Abril de 2024, pelas 10H30, tem lugar na sede da empresa uma reunião com a Comissão Representativa dos trabalhadores a despedir, na qual participa a Advogada do STIANOR.

 

OS TRABALHADORES PODEM CONTAR COM O STIANOR!

INFORMA-TE! TUDO FAREMOS PARA DEFENDER OS TRABALHADORES!

SINDICALIZA-TE! DEFENDE OS TEUS DIREITOS!

Cobertura mediática sobre o tema:

NOTÍCIAS

GREVE NA GENCOAL

 

Os cerca de 277 trabalhadores da fábrica de conservas de peixe GENCOAL, em Vila do Conde, estiveram em greve esta quinta-feira, 30 de novembro de 2023, e concentraram-se junto à fábrica.

A greve teve como objectivo lutar por:

  1. Aumentos salariais dignos para 2024;

  2. Valorização do subsídio de alimentação. Os trabalhadores propõem um aumento do subsídio de refeição para € 6,00/dia pago no recibo de vencimento (valor limite isento de impostos) ou, em alternativa, € 9,60 em Cartão (valor limite isento de impostos se for pago em Cartão);

  3. Mais apoio da empresa nas situações de acidente de trabalho e doenças profissionais. Os trabalhadores queixam-se de um défice de acompanhamento da empresa em situações de acidente de trabalho e da falta de adaptação de funções na fábrica nos casos em que padecem de doenças profissionais ou outros problemas de saúde;

  4. Contratação Coletiva. Os trabalhadores exigem a negociação do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) da Indústria de Conservas de Peixe

TRABALHADORES DAS CARNES EM GREVE

 

Os trabalhadores das indústrias de carnes estiveram em greve nacional no dia 11 de setembro de 2023. No Montijo, manifestaram-se junto à porta da Associação Portuguesa dos Industriais das Carnes (APIC) e exigiram melhores salários, melhores condições de trabalho e a negociação do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) para o setor.

O STIANOR marcou presença na ação de protesto com uma delegação de quatro Dirigentes.

Veja aqui a reportagem da SIC e as notícias do Expresso e do Eco:

CONSULTA AQUI A POSIÇÃO DA CGTP SOBRE A 'AGENDA DO TRABALHO DIGNO'

Parecer da CGTP acerca do pacote de legislação laboral “Agenda do Trabalho Digno”

AGENDA DO TRABALHO DIGNO - ALTERAÇÕES À LEI

Recentemente, foram aprovadas na Assembleia da República alterações à legislação laboral no âmbito da  “Agenda para o Trabalho Digno e valorização dos jovens no mercado de trabalho”.

A CGTP entende que as alterações à legislação laboral aprovadas na Assembleia da República na passada sexta-feira, no âmbito da denominada “Agenda para o Trabalho Digno e valorização dos jovens no mercado de trabalho”, apesar de medidas de resposta a questões pontuais, não teve em conta as alterações que a CGTP-IN tem reivindicado nos últimos anos e não resolve os problemas de precariedade, desregulação de horários, ataque à contratação colectiva, atropelo aos direitos e liberdades sindicais, entre outros.

São alterações que, sem prejuízo de uma análise mais exaustiva, não dão resposta aos problemas com que os trabalhadores se debatem no dia-a-dia e mantém os aspectos mais negativos introduzidos pelo PSD\CDS em matérias centrais como:

  • Contratação colectiva, mantendo a caducidade e não repondo o princípio do tratamento mais favorável;

  • Precariedade, não garantido que um posto de trabalho permanente é ocupado por um trabalhador com vínculo efectivo;

  • Horário de trabalho, laboração contínua, trabalho por turnos, bancos de horas, flexibilidade e adaptabilidades que desregulam a vida dos trabalhadores;

  • Valor das indemnizações por despedimento, ou o valor a pagar pelo trabalho suplementar, só garantido depois de realizar 100 horas de trabalho suplementar;

  • Redução do tempo de trabalho para as 35 horas;

  • Garantia plena da liberdade para a atividade sindical.

Assim, mantêm-se os instrumentos de chantagem patronal, com o Governo a desperdiçar uma oportunidade para responder aos problemas de milhões de trabalhadores, para atacar a exploração que não para de aumentar e para enveredar por um novo rumo, com outra política, que rompa com os baixos salários e a precariedade que caracterizam as opções políticas das últimas décadas.

Neste quadro exige-se o esclarecimento, a mobilização e a luta dos trabalhadores por mais e melhores salários e direitos.

Será a nossa acção e a nossa luta, e não a “Agenda” agora aprovada, a determinar a elevação das condições de trabalho e de vida.

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